No decorrer da I Unidade foi desenvolvido o Projeto didático de leitura e escrita "Reescrevendo sob um novo olhar" com o objetivo de reescrever um conto tradicional sob o ponto de vista de uma personagem determinada escolhida pelo aluno. No entanto, o 4º ano, da professora Ivanísia reescreveu o conto Chapeuzinho Vermelho, enquanto os alunos do 5º ano da professora Maxsilane reescreveu o conto João e Maria. Como produto final deste projeto será apresentado uma Peça teatral, escrita pela professora Elma Nunes "Mundo encantado é mundo preservado" a qual retratará através de algumas personagens das histórias infantis a necessidade e importãncia de preservar o meio ambiente. Além disso, os alunos também produziram um livro "Reescrevendo sob um novo olhar". Confira alguns textos que compõem o livro!
Chapeuzinho Vermelho
Versão contada por Chapeuzinho
Um certo dia eu estava no meu quarto brincando e minha mãe me chamou:
_ Chapeuzinho Vermelho venha cá.
_ Estou indo mamãe querida.
_ Vá levar esta cestinha de doces para sua vó que soube que ela está doente. Vá pelo caminho mais perto.
_ Sim mamãe.
_ Ah, filha, não fale com estranhos.
Quando eu estava no caminho encontrei um senhor lobo e ele perguntou:
_ Para onde vai linda menina?
_ Vou para casa da minha vó.
Então ele falou:
_ Vá por esse caminho e eu vou por aquele. Vamos apostar uma corrida?
_ Vamos senhor lobo.
_ UM, dois, três, já!
Ele chegou primeiro, bateu na porta, toc, toc, toc e a vovó falou:
_ Quem é?
O danado do lobo disfarçou a voz.
_ Sou eu, sua netinha, Chapeuzinho Vermelho.
_ Pode entrar.
Ele entrou e num bocado só engoliu a vovó.
Eu cheguei, bati na porta toc, toc, toc.
_ Quem é? Falou o lobo disfarçando a voz.
Entrei e falei:
_ Vovó, que olhos grandes?
_ É pra te ver melhor, minha netinha.
_ Que braços você tem?
_ É pra te abraçar melhor, minha netinha.
_ Que nariz grande, minha vovozinha.
_ É pra te cheirar melhor, minha netinha.
_ Que boca grande?
_ É pra te comer.
E ele me comeu de repente.
Um caçador que passava por aqui ouviu o ronco do lobo, entrou e falou:
_ É o lobo que eu venho procurando há muito tempo. Vou cortar a barriga desse lobo.
Ele pegou a tesoura, deu o primeiro corte e eu saí dela e falei:
_ Dê o segundo corte.
E a minha vó saiu dela e ele matou o lobo.
Prometi a mim mesma que não ia mais conversar com estranhos.
Por Vitória Ramos.
Aluna do 4º ano
Chapeuzinho Vermelho
Versão contada pelo caçador
Num certo dia eu estava na floresta caçando os meus cabritos e então vi aquele lobo conversando com uma menina de capuz vermelho e de cabelos loiros. Então vi o lobo perguntar:
_ Para onde você levando esta cestinha?
_ Estou levando para casa da minha vovó do outro lado da floresta.
Então eu o ouvi de novo:
_ Posso ir com você?
Amenina respondeu para o lobo que sim. Aquele espertão correu na frente da menina e chegou primeiro na casa da vovó. Eu fiquei procurando os meus cabritos na floresta. Passando algumas horas lembrei do safado do lobo e fui correndo para casa da vovó de Chapeuzinho Vermelho. Fui passando pela casa da vovó e ouvi o lobo roncando com uma barriga enorme. Então peguei a tesoura, dei o primeiro corte e Chapeuzinho Vermelho pulou para fora.
Chapeuzinho Vermelho logo me mandou dá o segundo corte dizendo que a vovó estava na barriga do lobo. Dei o segundo corte, a vovó pulou para fora e a menina pegou umas pedras e colocou na barriga do lobo.
Por Tauã Mota
Numa margem perto da floresta havia uma cabana muito pobre, minha e de Maria.
João e Maria
Versão contada por João
Numa margem perto da floresta havia uma cabana muito pobre, minha e de Maria.
No dia seguinte a nossa madrasta queixou-se ao nosso pai dizendo:
_ Nós não temos mais dinheiro para comprar mais comida, acabaremos morrendo e as crianças serão as primeiras.
Maria e eu escutamos tudo e Maria pôs-se a chorar.
Maria e eu escutamos tudo e Maria pôs-se a chorar.
Na manhã do dia seguinte a nossa madrasta nos acordou e disse:
_Acordem crianças, eu e seu pai vamos cortar lenha. Hoje levaremos vocês conosco.
Eu e Maria ficamos abandonados na mata. Até que eu e Maria conseguimos voltar para casa. Nosso pai estava nos esperando na cabana. A madrasta começou com a discussão com nosso pai, e aquela conversa ridícula, escutamos tudo. Maria choramingando e eu acalmando Maria. Fiquei esperando que eles dormissem, catei um punhado de pedrinhas brancas que havia no quintal da minha casa e fui dormir.
Naquele dia a nossa madrasta nos acordou e disse:
_ Acordem, nós vamos em um lugar mais longe para cortar lenha.
Em cada 10 passos eu deixava cair uma pedrinha branca pelo caminho. O nosso pai nos disse:
_ Fiquem aí crianças que nós vamos em um lugar mais longe.
E o céu ficou escurecendo e nada de nosso pai. A lua apareceu e as pedrinhas brilhavam e nós conseguimos voltar para casa.
Naquela noite não consegui pegar o punhado de pedrinhas porque a porta estava trancada com o ferro.
No dia seguinte fomos à mata e despedacei o meu pão e o de Maria. Quando fomos voltar para casa não vimos mais a migalha de pão, os passarinhos comeram tudo. Adormecemos, acordamos e fomos a um caminho feio. Vimos uma casa feia de pão-de-ló, o telhado de chocolate e as paredes de bolo. Maria e eu saímos correndo, comemos aquela casa. A bruxa ouviu um ruído e saiu uma velha muito feia com a voz aguda e ela falou:
No dia seguinte fomos à mata e despedacei o meu pão e o de Maria. Quando fomos voltar para casa não vimos mais a migalha de pão, os passarinhos comeram tudo. Adormecemos, acordamos e fomos a um caminho feio. Vimos uma casa feia de pão-de-ló, o telhado de chocolate e as paredes de bolo. Maria e eu saímos correndo, comemos aquela casa. A bruxa ouviu um ruído e saiu uma velha muito feia com a voz aguda e ela falou:
_ Entrem crianças, vou preparar um jantar delicioso.
Num certo dia a bruxa me prendeu e acordou Maria. Mandou ligar o fogo e a velha percebeu que eu estava muito magro. Mandou eu dá o dedo para ela ver. Como eu era esperto, dei uma asinha de frango.
A bruxa, no dia seguinte, ficou com raiva e mandou minha Irmã ligar o fogo e ainda pediu para ela botar a cabeça no fogo e ver se a temperatura estava boa. Minha irmã disse:
_Como é que se bota a cabeça no fogo? Minha cabeça não cabe aí dentro.
_ Como a minha é maior e cabe ai dentro, falou a bruxa.
Então Maria deu um empurrão na bruxa, pegou a chave e me tirou de lá de dentro. Maria me contou que havia um tesouro que a bruxa escondia debaixo da cama. Nós saímos correndo para nossa casa, esvaziamos os bolsos de pérolas e diamantes e vivemos felizes para sempre.
Por Felipe Souza Santos
João e Maria
Versão contada por João
Numa rocinha moravam meu pai, minha madrasta, eu e Maria, minha irmã caçula. Nossa mãe morreu e nós ficamos com nosso pai.
Certa vez nossa madrasta queixou-se por falta de comida e dinheiro e por ser malvada, falou para meu pai nos abandonar. Meu pai não queria fazer isso, mas ela o ameaçou dizendo que se ele não nos abandonasse ia nos transformar em moscas. Ouvimos tudo e Maria desastrou a chorar. Eu por ser esperto fui lá no quintal e encontrei umas pedrinhas que brilham ao chegar da lua e enchi os bolsos.
No dia seguinte ela deu para cada um de nós um pedaço de pão e nos levou para a floresta com a desculpa de cortar lenha. Assim que saímos de casa fui distribuindo as pedrinhas a cada cinco passos e ela nos deixou bem distante de casa. As pedrinhas haviam acabado e eu não tinha mais como marcar o caminho. Maria cochichou no meu ouvido para eu esfarelar o pão pelo caminho. Então fui esfarelando até chegar
Nós cochilamos, meu pai e minha madrasta haviam ido embora. Quando nós acordamos já era noite e os pássaros tinham comido os farelos de pão e nós ficamos caminhando na floresta e avistamos uma casinha, olhamos muitas vezes e saímos correndo.
Quando chegamos em casa estava tudo trancado e as luzes apagadas. Mas eu sabia abrir a janela. Abrimos, entramos, fechamos e fomos para a cama dormir. De manhã nossa madrasta levou um susto quando nos viu, ficou esperta e trocou as fechaduras da porta com um feitiço para que nós não abríssemos novamente.
No dia seguinte fez tudo de novo, mas sem dá pão, e desta vez não conseguimos voltar. Fomos andando, andando e vimos uma casinha mimosa com janela de pão de mel, porta e telhado de chocolate. Fui direto para as janelas e saiu uma velhinha feia, desdentada e falou:
_ Percebo que vocês estão com fome. Entrem para comer um biscoito.
Nós não sabíamos que era uma bruxa. Ela me pegou de jeito, me colocou num porão e mandou Maria por o fogo para esquentar, não para me assar e sim Maria. Ela foi ao porão e pediu para ver meu dedo, mas seus óculos estavam vencidos e não conseguia enxergar bem. Pediu-me que mostrasse o meu dedo e mostrei-lhe um osso de galinha. A bruxa se enraivou e disse que gordo ou magro ia me comer. Mandou Maria olhar se o forno estava quente, mas Maria falou que não sabia e a bruxa foi dar um exemplo e minha irmã a empurrou lá dentro e me libertou do porão. Pegamos todas a riqueza dela e fugimos.
Depois de procurar, achamos o caminho. Quando chegamos em casa o meu pai estava chorando no quintal. Nós entramos em casa, saímos no quintal e gritamos: “Surpresa!” Meu pai disse que a nossa madrasta tinha morrido no rio quando tomava banho. Mostramos tudo que encontramos de riqueza, mudamos para a cidade e vivemos felizes para sempre.
Por Vinicius Rosa dos Santos Araújo
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